Definição de problemas e potencialidade do território (10 novembro)
Transcrição áudio:
0:58 A nossa estratégia baseia-se principalmente em 2 partes: temos a parte a azul, que é a parte mais urbanizada, e temos as outras coloridas que são as zonas rurais, mais a ver com as zonas dos rios. Na parte a azul, como é uma área mais urbanizada está mais definida, não vamos trabalhar tanto. Vamos resolver outro tipo de problemas como a Mobilidade, a relação ao Porto, como é que conseguimos convencer mais pessoas do Porto a vir para esta área, quer a partir de novos serviços, como a partir das vias. Como é que se pode criar essa fluência entre a parte do Porto do outro lado da vci e esta zona do Porto. Na parte mais colorida, dos rios, vamos tentar criar essa dinâmica também de afluência, de puxar as pessoas para a zona do rio, mais a partir de uma intervenção através de corredores verdes, tentar ligar os espaços ao resto do território.
2:30 Vamos tentar fazer uma transição a partir das zonas coloridas à zona mais urbanizada.
2:45 Temos aqui duas grandes áreas com problemas diferentes.
Enumeração de problemas:
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Mobilidade (não conseguimos chegar às partes coloridas, temos um percurso - entra-se por um lado, sai-se pelo outro. Não se consegue chegar pelo centro onde se quer - ao centro da cidade)
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Transição urbana
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Espaços rurais esquecidos
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O rio Torto estar escondido no meio da vegetação e ter muito potencial para ser um espaço público, para as pessoas usufruírem dele
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Alturas da paisagem que nós temos
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Segurança, a nível da iluminação e das ruas estreitas, rurais, o facto de não ter acessibilidade. Intervenção do professor: não chamem insegurança, chamem humanização do espaço. Insegurança dá uma sensação de que isto é um território de crime e não é. Catarina: mas eu acho que é essa a ideia que muitas pessoas têm do espaço. Eu, por exemplo, não me sentiria segura a ir para lá de noite sozinha, enquanto que noutras zonas do Porto não há essa situação.
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Descentralização ou periferização deste espaço em relação à cidade (Haver a ideia de que o território depois da VCI já não é Porto). A zona a roxo/ azul é uma zona que está semi integrada na cidade, mas a zona colorida não. Catarina: mas também, na parte azul, eu enquanto pessoa não me sinto muito segura, pronto por ser uma zona com bairros sociais entre outras coisas. Professor: qual é o problema dos bairros sociais? Catarina: acaba por aglomerar pessoas que estão mais em contacto com o mundo da criminalidade Professor: Mas porquê? Catarina: Drogas… [intervenção dos colegas] Professor: O problema não é a existência de bairros sociais. O problema é a… ver 8
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Não integração do espaço dos bairros sociais no espaço da cidade (periferização tanto das zonas mais rurais, naturalizadas, como nas zonas mais urbanas). O próprio bairro social é uma periferização da cidade - no sentido de cada bairro social ter o seu “próprio mundo” - e isso se calhar tem um estigma, a que o Mateus reagiu, saltando-te em cima. O facto de ser periférico não quer dizer que não esteja no centro. Muitas vezes a sensação de periferia é uma sensação psicológica
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A ligação das vias com o Porto (vci, linhas férreas). Professor: Qual é o problema da linha férrea? Marco: Tentar melhorar a ligação que nós temos com… Professor: Mas o problema não é a linha férrea. O problema é o canal da linha férrea e a ferida que provoca no território. Ao contrário do metro, que integra.
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Relação com Gondomar. Professor: Como é trabalhada essa fronteira porosa? Existe ligação, não existe ligação, existe uma espécie de não-lugar em determinados momentos e uma pessoa não sabe onde é que está? Isso é um problema? Catarina: De certa forma, tem potencial para trabalharmos porque não temos uma barreira física que diga: isto é o Porto, isto é Gondomar. Acho que isso é um ponto positivo no nosso terreno. Professor: como é que vocês potenciam esse posto? Como é que podem potenciar o facto de não haver uma barreira física? Catarina: Na continuidade estratégica, do tipo de intervenção urbanística que vamos fazer. Professor: E não potenciarão também tendo exatamente o mesmo tipo de planeamento para um município e para o outro município? (Plantas síntese topográficas e PDM’s não se relacionam entre os dois municípios) Catarina: Sim, era isso, por outras palavras era o que eu queria dizer. Correção do problema 10: Existe uma fronteira administrativa. Como se compatibiliza isso? Isso é um problema de planeamento.
Potencialidades do território:
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Os vales fazem com que liguemos a zona mais habitacional… Professor: Como é que a topografia valoriza o terreno? A diversidade topográfica é uma coisa boa no terreno; dá diversidade à paisagem e pode ser rentabilizada pelo vosso plano
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Está no meio de uma cidade difusa, relativamente perto de uma centralidade que é potenciadora de muita coisa, mas tem a vantagem de estar numa zona relativamente tranquila, pacífica em termos de não haver atropelos urbanísticos, onde existe silêncio, onde existe um conjunto de vantagens que se tem vindo a perder nos centros urbanos. Isto é uma área que se pode chamar de cidade alargada.
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Ligação a partir das vias rodoviárias e ferroviárias. Professor: Não será aquilo de que vocês falavam de haver uma sobreposição de duas ou três malhas de cidade: um layer rápido que é o das autoestradas, vci, comboios, etc, o layer intermédio que é aquela zona relativamente forte, urbanizada, que é a zona a azul/roxo - São Roque, Campanhã e também existe nos grandes armazéns, nas grandes zonas industriais e um terceiro layer que é o layer natural - que é algo que nós começamos a sentir quando nos aproximamos dos vales.
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Campo experimental existente. Professor: mas o vendedor não quer construir aqui. Procura um espaço verde, humanizado, onde as pessoas e crianças possam andar sem chocar contra viaturas, onde possa estar seguro.
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