ESTRUTURA TERRITORIAL ATUAL
PORTO
Concelho do Porto: 41.42km2
7 freguesias
1.União das Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde
2. União das Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória
3. União das Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos
4. Campanhã
5. Paranhos
6. Ramalde
7. Bonfim
Campanhã:
29 684 hab (2021)
8.13km2
4 016,2 hab/km2 (2021)
Cidade:
Porto: 231 962 habitantes, 41.42km2, 7 freguesias
Paranhos:
45 883 hab
6.67km2
6 399,3 hab/km2 (2021)
Bonfim:
22 978 hab
3.05km2
7 533,8 hab/km2 (2021)
GONDOMAR
Concelho de Gondomar: 131.92 km2.
7 freguesias
1. União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim
2. Rio Tinto
3. Baguim do Monte
4. União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova
5. União das Freguesias de Foz do Sousa e Covelo
6. União das Freguesias de Melres e Medas
7. Lomba.
Cidades:
Rio Tinto: 64 815 habitantes, 15.03km2 duas freguesias: Rio Tinto e Baguim do Monte
Gondomar: 69 172 hab, 47.40km2, 1 797 hab/km2, sede do município de Gondomar
Valbom: 16 407 habitantes, 4.39km2, freguesia correspondente
União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim:
48 600 hab (2011)
23.32km2
2 084 hab/km2 (2011)
Rio Tinto:
50 713 hab (2011)
9.57km2
5 299,2 hab/km2 (2011)
União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova:
39 586 hab
21.96km2
1 802,6 hab/km2 (2011)
OS RIOS
Os cursos de água que circulam na cidade do Porto tiveram, no passado, uma grande importância a nível social e económico, tendo servido como pólos de alimentação de água às populações e como apoio fundamental na rega dos campos de cultivo. Aliás, na freguesia de Campanhã, no século XVIII, contavam-se 76 rodas de moinhos, distribuídas ao longo dos numerosos cursos de água que percorriam a freguesia, símbolo da importância dessa atividade para o desenvolvimento económico.
Com o crescimento da cidade e intervenções urbanísticas muitos destes cursos de água foram progressivamente entubados e utilizados para o encaminhamento de águas residuais (domésticas e industriais), nuns casos devidamente autorizado e a título precário e, noutros, indevidamente. Começou assim a existir um corte entre as zonas ribeirinhas e a sua envolvente urbana, que culminou numa posição de rejeição por parte das populações, que se habituaram a viver de “costas voltadas” para os rios e ribeiras, o que agravou ainda mais o seu estado de degradação ambiental. O acentuado crescimento do tecido urbano e a ocupação gradual das linhas de água e áreas adjacentes introduziu alterações muito significativas no ciclo hidrológico urbano, que se manifestaram também na perda da qualidade da água.
Os rios e ribeiras do Porto são um exemplo da gradual artificialização dos ecossistemas fluviais que atravessam uma área urbana de génese secular. Verifica-se que atualmente cerca de 75 % das linhas de água que cruzam a cidade se encontram entubadas.
Considerando que os rios e ribeiras e respetivas margens constituem um sistema de corredores naturais contínuos, interligados e complexos, e devido às condições propícias ao abrigo de grande quantidade e diversidade de espécies vegetais e animais, os sistemas ribeirinhos superam muitas vezes a diversidade biológica dos ecossistemas envolventes.
RIO DOURO
No século XIX, o rio Douro assumiu um papel importante como meio de comunicação e mais de uma dezena de cais da sua margem direita suportavam um intenso tráfego de mercadorias e passageiros que diariamente entravam ou saíam do Porto. O papel das rotas de comunicação na obtenção de uma conexão rápida e de baixo custo foi essencial para o desenvolvimento da agricultura periurbana de Gondomar.
RIO TINTO
Afluente do rio Douro, este rio, com um percurso de cerca de 10km, nasce em Valongo e passa por Rio Tinto e Campanhã. No Porto, tem como afluentes as ribeiras de Cartes, Currais, Vila Meã e Lomba.
Atualmente, protagonista de um projeto de melhoramento que liga o Parque Urbano de Rio Tinto ao Parque Oriental da Cidade do Porto, ainda apresenta bastantes problemas tais como a poluição da água, a artificialização drástica, a diminuição do caudal para um mero canal, a pouca distância entre as margens e outras edificações, a paisagem quebrada pelas traseiras dos edifícios e pelas inúmeras indústria, a perda de biodiversidade e a desvalorização social.
Durante séculos, o rio forneceu à população água e peixe. As lavadeiras ganhavam a vida nas suas águas, proliferavam nas margens os moinhos, cujos moleiros disputavam com os lavradores a água das regas.
RIO TORTO
O rio Torto, afluente da margem direita do rio Douro, nasce no concelho de Gondomar e desagua na freguesia de Campanhã, perto do palácio do Freixo. A bacia hidrográfica na cidade do Porto atravessa terrenos maioritariamente agrícolas.
AFLUENTES DO RIO TINTO
A ribeira de Cartes localiza-se na sua maioria na freguesia de Campanhã. Esta linha de água apresenta apenas um troço a céu aberto junto da rua Amorim Carvalho. A ribeira de Currais localiza-se nas freguesias de Campanhã, Paranhos e Rio Tinto. A ribeira da Lomba nasce em Campanhã e desagua no Freixo. É maioritariamente entubada, mas possui troços a céu aberto junto da Estação de Comboios de Campanhã. A ribeira de Vila Meã também tem origem na freguesia de Campanhã.